Lagoa de Óbidos vai ter centro interpretativo a partir de abril de 2019

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O Centro Interpretativo da Lagoa de Óbidos deverá abrir portas em abril de 2019, anunciou na passada terça-feira, em Óbidos, a Liga para a Proteção da Natureza (LPN), promotora do projeto, um dos vencedores do primeiro Orçamento Participativo de Portugal. “Esperamos que a inauguração do Centro Interpretativo possa ter lugar em abril [de 2019]”, afirmou Ana Rita Martins, da LPN, durante a apresentação pública do projeto.

O Centro Interpretativo da Lagoa de Óbidos “ficará localizado na freguesia da Foz do Arelho”, em instalações cedidas pelo município das Caldas da Rainha, uma das autarquias ribeirinhas parceira do projeto. Entre os parceiros contam-se ainda a câmara de Óbidos, que, no âmbito da candidatura, terá a responsabilidade da divulgação das ações a desenvolver ao longo do projeto, iniciado em maio e que terá a duração de 18 meses.

O centro de interpretação consistirá “num conjunto de estruturas, equipamentos e outras valências informativas e interativas disponíveis ao redor da lagoa” em que, de acordo com Ana Rita Martins, se pretende “implementar um conceito inovador, dinâmico e de proximidade”, mas também promover ações educativas, estudos académicos e o fomento de novos projetos de turismo de natureza e de experiência com ligação ao centro interpretativo.

O projeto, que está a ser desenvolvido também em parceria com a associação cívica “Conselho da Cidade”, está atualmente em fase de recolha de contributos das comunidades locais.

Na reunião realizada em Óbidos, na terça-feira à noite, mais de meia centena de pessoas deixaram preocupações em relação ao estado de assoreamento da lagoa e sugestões em relação ao funcionamento do futuro centro interpretativo que a LPN espera que “se mantenha em funcionamento muito para além da duração do projeto”.

O Centro de Interpretação para a Lagoa de Óbidos foi um dos projetos vencedores da edição de 2017 ao OPP – Orçamento Participativo de Portugal na área da Ciência e conta com o apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia e da Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica.

O projeto tem um orçamento de 97 mil euros, sendo as maiores fatias da verba destinadas a equipamentos (quase um terço do valor), bens e serviços (26 mil euros) e recursos humanos (32 mil euros).