Óbidos quer manter política de proximidade na Saúde

Município de Óbidos

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O Município de Óbidos manifestou, na passada terça-feira, no Ministério da Saúde, em Lisboa, as suas preocupações em relação à reorganização do setor da Saúde na região, que prevê a fusão do Centro Hospitalar Oeste Norte com o Centro Hospitalar de Torres Vedras. Ricardo Ribeiro, vereador da Câmara Municipal de Óbidos, entende que esta reestruturação é necessária, numa lógica de eficiência do sistema, seja na componente médica, seja componente económica. No entanto, Óbidos não abdica da política de proximidade que tem vindo a ser seguida ao longos dos últimos anos por este executivo.

Segundo o autarca, para além de se acautelar os cuidados de saúde para toda a população residente, há que salvaguardar também o setor do Turismo. “Óbidos é um concelho rural, mas com o desenvolvimento turístico que tem tido nos últimos anos, nomeadamente com os Projetos de Interesse Nacional, manifestámos ao Governo que o Hospital das Caldas da Rainha tenha todas as valências necessárias para dar resposta a estes utentes. É um tipo de turismo que não é sazonal e que, do ponto de vista económico, é extremamente importante para a balança comercial da região e do País, uma vez que cada dormida acaba por ser uma exportação”. Por isso, Ricardo Ribeiro, manifestou ao Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, a preocupação de manutenção de um conjunto de valências na cidade termal, nomeadamente os serviços de maternidade, urgências, pediatria, cirurgia geral, obstetrícia e ginecologia.

Ricardo Ribeiro manifestou igualmente a sua preocupação em relação ao atual edifício do Hospital das Caldas da Rainha. “Houve um estudo que disse que o Hospital das Caldas da Rainha estava subdimensionado para a população que serve. Com esta reorganização, será que esta unidade de saúde estará à altura dos interesses das populações”, questionou ao governante.

O vereador disse ainda estar preocupado com a união dos Agrupamentos dos Centros de Saúde Oeste Norte e Sul. “Só no Oeste Norte existem 15 mil utentes sem médico de família e no Oeste Sul são 70 mil. Dado que não é expectável que haja um aumento do número de médicos, teme-se que o acesso a uma consulta, por exemplo, seja mais condicionado. Se juntarmos a isto o possível encerramento de algumas extensões de saúde, perdemos a tal política de proximidade para com as nossas populações”. “Concordamos que haja uma reorganização do sistema, mas há questões que, para a Câmara Municipal de Óbidos, são muito importantes manter, por forma a salvaguardarmos a saúde da nossa população residente e de todos aqueles que nos visitam”.

Este é um assunto que ainda está em análise, estando Óbidos e o Oeste a aguardar uma resposta por parte do Governo.

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