A Assembleia Municipal de Óbidos aprovou, no passado dia 26 de abril, as contas de gerência da Câmara Municipal, que, em 2011, diminuiu a despesa e a dívida, fechando o ano com um resultado líquido positivo de 4,5 milhões de euros.
“Em termos consolidados, o Município espelha uma situação económico-financeira de perfeita saúde”, conclui o relatório de gestão da Câmara Municipal de Óbidos, que terminou o ano de 2011 com “um resultado líquido próximo dos 4,5 milhões de euros, com uma liquidez geral de 208 por cento, contra 45 por cento no ano de 2009, com uma estrutura de endividamento que baixou para cerca de metade em relação ao ano anterior (2010 – 9,46%; 2011 – 4,11%), com endividamento que baixou de 52 por cento em 2010, para 21 por cento em 2011”.
Estes factos evidenciam a maior capacidade da Câmara pagar a tempo e horas, sem os constrangimentos impostos pela nova lei da Assunção de Compromissos e Prazos de Pagamentos, bem como, uma redução muito significativa das despesas sem comprometer serviços de qualidade à população.
As contas aprovadas pela Assembleia Municipal demonstram que a autarquia chegou a dezembro de 2011 com “um saldo de caixa de 1,5 milhões de euros e com dívidas de terceiros à Câmara de cerca de 11 milhões de euros” e uma autonomia financeira superior a 78 por cento”, sublinhou o vice-presidente, Humberto Marques.
O autarca afirmou igualmente que “o peso no balanço da dívida de médio longo prazo e curto prazo, representam cerca de 5 e 4,5 por cento respetivamente, o que são valores francamente baixos”.
A câmara arrecadou no ano passado uma receita total de 16,1 milhões de euros, menos 25 por cento do que em 2010 (21,5 milhões), e reduziu a despesa em 10 por cento, tendo gastado 15,3 milhões, ou seja, menos 1,2 milhões que no ano anterior.
A dívida a curto prazo ascendia a 6,5 milhões de euros, mas destes, explicou o presidente da câmara, Telmo Faria, “4,7 milhões estão incluídos em acordos de pagamento com os fornecedores”. Esta dívida baixou de 2009 para 2011, cerca de 30 por cento, quando as receitas caíram em mais de 25 por cento em período homólogo, “o que demonstra o esforço, a prudência e o rigor como a Câmara municipal tem feito a sua gestão”.
Face às últimas notícias veiculadas pelo Partido Socialista de Óbidos referentes a esta matéria, Humberto Marques afirma que “são, no mínimo, surpreendentes, incoerentes e até não verdadeiras”. “Aliás, não se compreende esta situação, uma vez que o único partido da oposição com assento na Câmara Municipal não votou contra, quer na Câmara Municipal, quer na Assembleia Municipal, tendo, inclusive, o atual executivo o apoio do presidente de Junta de Freguesia eleito pelo PS, à semelhança de todos os restantes presidentes de Junta. Esta posição do PS resulta de uma preocupação em denegrir as contas da autarquia, faltando à verdade e ao rigor sobre documentos que são auditados por revisores oficiais de contas e visados pelo Tribunal de Contas”, conclui.