As Juntas de Freguesia dos concelhos de Óbidos e Caldas da Rainha, ribeirinhas da Lagoa de Óbidos, celebraram ontem à tarde [20 de fevereiro], um protocolo para a “defesa, preservação e promoção” daquele ecossistema natural. Lê-se no documento, celebrado entre as freguesias de Santa Maria, São Pedro e Sobral da Lagoa e Vau (Óbidos) e Foz do Arelho e Nadadouro (Caldas da Rainha), que “as signatárias (…) comprometem-se a auxiliar os Municípios das Caldas da Rainha e Óbidos” na defesa da lagoa, “promovendo iniciativas e eventos, elaborando e gerindo projetos e planos comuns (…), estabelecendo ainda relações de cooperação com outras entidades que prossigam os mesmos fins”.
A assinatura deste protocolo, que aconteceu na Câmara Municipal das Caldas da Rainha, contou com a presença dos dois presidentes de câmara das Caldas e Óbidos, assim como de vários presidentes de junta de freguesia de ambos os concelhos.
O presidente da Câmara Municipal de Óbidos regozija-se pela assinatura deste protocolo, que une todos “à volta de uma matéria que não tem fronteiras, no que toca à defesa deste ecossistema”. Humberto Marques afirma que este documento vai ao encontro do “acordo estratégico” celebrado entre as duas câmaras municipais, que procura “soluções rápidas e urgentes” para a lagoa, “nomeadamente na questão do desassoreamento”. “O desassoreamento é uma matéria importante, mas também há a dimensão económica, como a pesca, o turismo e a componente lúdica”, explica o autarca, que entende que a defesa da lagoa “torna o território mais rico e com capacidade de atração”.
Também Tinta Ferreira destaca esta união das freguesias, uma vez que é “um gesto idêntico ao que os municípios estão a ter”. “No que respeita à lagoa, todos procuramos aproximar esforços, opiniões e ideias”, afirma o presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, para quem “todos têm de remar para o mesmo lado”.
Neste encontro ficou ainda agendado, para inícios de Março, a assinatura de um acordo entre as Câmaras de Óbidos e Caldas da Rainha, que define os locais, em ambos os concelhos, onde serão colocados os dragados resultantes das intervenções previstas para 2014 e 2015.
Foi ainda anunciado, nesta cerimónia, a intenção dos dois municípios em adquirir uma draga, em conjunto, para dragagens de manutenção e impedir o assoreamento da lagoa. “Queremos avançar neste sentido, para não ser necessário gastar milhões, depois, em intervenções tão agressivas”, explicou Tinta Ferreira.