A Câmara Municipal de Óbidos e a Óbidos Vila Literária irão realizar, de 15 a 26 de outubro, um Festival Literário Internacional (Fólio 2015), com a participação de meia centena de escritores nacionais e internacionais e que porá em destaque efemérides ligadas à literatura e aos países lusófonos.
A sua primeira edição, apresentada no passado dia 11 de janeiro, pretende “afirmar Óbidos no circuito nacional e internacional como uma vila literária”, através de um evento que colocará em evidência “efemérides ligadas a países como o Brasil ou as ex-colónias”, esclareceu o presidente da Câmara Municipal de Óbidos, Humberto Marques.
“Os 150 anos da cidade do Rio de Janeiro, os 40 anos de independência de Angola, Moçambique e Cabo Verde, os 100 anos da revista Orpheu ou o ano Internacional da Luz” serão “algumas das efemérides que vão balizar o nosso trabalho”, explicou o curador Nuno Artur Silva. Segundo o responsável, “isto são só pretextos para tornar o Festival num espaço de encontros e de surpresas a cada esquina”. O festival, que a organização pretende “diferenciar de todos os outros festivais literários do País”, pretende “criar relações improváveis dos autores com o quotidiano, os seus pares e com o público”, afirmou Nuno Artur Silva.
Na prática, para além dos lançamentos de livros, sessões de autógrafos e mesas redondas, a vila será invadida por atividades paralelas. “Queremos inscrever Óbidos no roteiro dos principais festivais de literatura em todo o mundo”, avançou José Eduardo Agualusa, também curador do Fólio. O evento tem ainda como curadoras Maria José Vitorino e Teresa Calçada, estando o programa a ser fechado neste momento
Telmo Faria, presidente da Assembleia Municipal de Óbidos e coordenador geral deste projeto, garante que este é um evento que posiciona Óbidos “como um concelho atento, ousado e com uma capacidade de trazer um prestígio enorme em termos nacionais e internacionais”. “Este não é mais um festival deste género, mas um que construa a sua própria identidade, desenhando as oportunidades para que muitas pessoas possam participar”, concluiu.
A câmara estima que o Fólio represente um investimento “na ordem dos 600 mil euros”, parte dos quais “poderão ser comparticipados através da Secretaria de Estado da Cultura ou de programas ligados ao Turismo ou outras áreas, explicou Humberto Marques.