A empresa municipal Óbidos Criativa, terminou o exercício económico de 2014 com um resultado, antes de impostos, de 102.637,26 e um resultado líquido de 63.199,50€, situação que espelha a boa saúde económica e financeira da empresa municipal. A informação foi dada pelo presidente da Câmara Municipal de Óbidos, na Assembleia Municipal, que decorreu no passado dia 25 de junho.
Humberto Marques afirmou que “apesar das dificuldades económicas em que se encontra o País, a empresa municipal conseguiu transformar o apoio do município de 424.000,00€ em receitas de globais de 2.112.811,20€, pelo que por cada euro investido, a empresa multiplica-o por 4,983”.
Analisado o documento de prestação de contas, constata-se de 2013 para 2014, a redução do passivo total de 1.498.583,17€ para 1.061.036,19€ (- 437.546,98€), correspondente a uma redução de 29,19 por cento. Verifica-se uma redução na generalidade das rúbricas do passivo, sendo a mais significativa a dívida a instituições financeiras, que passou de 782.224,53€ para 473.273,86€ (-308.950,67€).
“À semelhança dos últimos anos, verifica-se a existência de uma gestão cuidadosa dos dinheiros públicos, que conduziu a níveis de saúde económico-financeira invejáveis, quando comparável com o resto do sector empresarial do estado, à alavancagem de diferentes sectores da economia concelhia e por conseguinte ao aumento do PIB municipal e à redução da taxa de desemprego”, afirmou.
O presidente da Câmara Municipal de Óbidos revelou ainda na Assembleia Municipal que “vai haver um reforço da sinalização para os perigos de quem circula no adarve das muralhas do castelo de Óbidos”. Humberto Marques foi questionado pelos deputados municipais sobre a segurança dos transeuntes naquela estrutura, depois de ter ocorrido, recentemente, um acidente mortal com um turista japonês.
O autarca explicou que “o Município de Óbidos não tem qualquer competência ou atribuição sobre as muralhas”, sublinhando que, apesar disso, o Município “fez um conjunto de diligências, entre elas de aumentar a sinalética” para o perigo de circular no adarve, assim como “de ter alertado as autoridades para o risco”. Humberto Marques anunciou ainda que haverá fundos comunitários para, assim que possível, avançar com a obra “de recuperação do piso do adarve, com a regularização dos desnivelamentos existentes”.
Nesta assembleia municipal, o presidente da Câmara manifestou ainda a sua posição sobre a expansão da pedreira nos Casais da Avarela, no concelho de Óbidos. Alguns moradores daquela localidade, cujas moradias estão junto da pedreira, interpelaram o autarca, antes da ordem do dia, sobre o que a Câmara Municipal de Óbidos “vai fazer sobre esta situação”. Humberto Marques garantiu que “o presidente da Câmara é absolutamente contra a expansão da indústria extrativa naquela zona”, não só “do ponto de vista social, como turístico e ambiental” e que vai dar conta dessa posição “em sede de audiência pública”.
Nesta assembleia municipal todos os pontos da ordem do dia foram aprovados.