Aprovadas dragagens de 16,8 milhões de euros na Lagoa de Óbidos

28 de dezembro

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A segunda fase das dragagens na Lagoa de Óbidos vai avançar, anunciou, no passado dia 28 de dezembro, o Ministério do Ambiente, na sequência da aprovação da candidatura a fundos comunitários, orçada em 16,8 milhões de euros.

De acordo com a tutela, a candidatura aprovada pelo Programa Operacional da Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO SEUR) vai permitir a realização de “um conjunto de dragagens que irá contribuir para o aumento da superfície e volume da lagoa, assim como irá promover uma melhoria da qualidade da água armazenada e irá evitar o isolamento dos Braços da Barrosa e do Bom Sucesso”. A obra “contempla ainda a valorização da zona a montante da foz do rio Real”, divulgou o Ministério do Ambiente em nota de imprensa.

O anúncio surge numa altura em que decorre a primeira fase das dragagens na lagoa, onde, até final de fevereiro, deverão ser retirados 716 mil metros cúbicos de areia, numa intervenção que visa combater o assoreamento que periodicamente fecha o canal de ligação ao mar, pondo em causa a sobrevivência dos bivalves. A segunda fase da obra foi referia pelo anterior secretário de Estado do Ambiente, Paulo Lemos, como “crucial” para a preservação daquele ecossistema, o que levou ao lançamento da candidatura para que a intervenção pudesse ser realizada logo depois de terminada a segunda fase.

Para o presidente da Câmara Municipal de Óbidos, “a Lagoa de Óbidos não é apenas importante para os concelhos das Caldas da Rainha e Óbidos, mas para toda a região e para o País”. Humberto Marques destaca, neste momento, “a disponibilidade que existe para nos ouvirem verdadeiramente”, explicando que, nestas últimas dragagens “foram sugeridas pequenas alterações que foram ouvidas e estudadas pelos técnicos”. O autarca defendeu ainda a continuação da Comissão de Acompanhamento da Lagoa de Óbidos para além dos trabalhos agora planeados.