1 – Situação Meteorológica: No seguimento do contacto realizado hoje [16 de Março] com o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Leiria, da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), e de acordo com a informação meteorológica disponibilizada, prevê-se, para as próximas 48 horas, o agravamento das condições meteorológicas, com ocorrência de precipitação, intensificação do vento e agitação marítima (em toda a orla costeira):
· Precipitação persistente, e pontualmente forte (>10 mm/h), a partir das 00:00h de amanhã (17 de Março), com o período de maior intensidade entre as 00:00h e as 07:00h nas regiões dos distritos de Leiria. A partir do final da manhã de domingo (18 de Março) há tendência para a precipitação diminuir.
· Aumento da intensidade do vento a partir do final do dia de hoje, mantendo-se durante o dia de sábado (17 de Março), com rajadas a atingir os 90 Km/h, no litoral, em especial na faixa costeira a Sul do Cabo Mondego. Os períodos mais críticos situar-se-ão entre as 06h00 e as 12h00 e entre as 18h00 e as 24h00.
· Possibilidade de se verificarem fenómenos extremos de vento (intensidade superior à acima indicada) no litoral Centro e Sul, especialmente no período da tarde.
· Diminuição da intensidade do vento a partir do final da manhã de domingo (18 de Março), mantendo-se, contudo, a previsão de rajadas até 70 km/h.
· Agitação marítima com ondulação de noroeste de 4 a 5 m na costa ocidental a Sul do cabo Mondego até final da manhã de domingo (18 de Março).
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2 – Efeitos Expectáveis
Face à situação descrita, poderão ocorrer os seguintes efeitos:
· Piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água;
· Possibilidade de cheias rápidas em meio urbano, devido a acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem;
· Possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas mais vulneráveis;
· Inundações de estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem;
· Danos em estruturas montadas ou suspensas;
· Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais mais vulneráveis;
· Possibilidade de queda de ramos ou árvores em virtude de vento mais forte;
· Possíveis acidentes na orla costeira;
· Fenómenos geomorfológicos originados por instabilidade de vertentes devido à perda da consistência por saturação dos solos em água;
· Obstrução de vias de circulação por queda de árvores, deslizamento ou desabamento de terras, pedras ou outras estruturas.
3 – Medidas de Autoproteção
O Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC) de Óbidos recomenda à população a tomada das necessárias medidas de prevenção, nomeadamente:
· Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirar inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criarem obstáculos ao livre escoamento das águas;
· Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias;
· Evitar atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas e/ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
· Garantir a adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
· Ter especial cuidado na circulação e permanência junto a áreas arborizadas, mantendo atenção à possibilidade de queda de ramos e árvores em virtude de vento forte;
· Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando a circulação e permanência nestes locais;
· Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
· Manter-se atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.