A “Blockchain”, uma tecnologia que permite transações complexas através de técnicas criptográficas (e que está por detrás da moeda virtual “bitcoin”, mas que tem muitas mais aplicações) foi o principal tema do seminário que teve lugar, a 4 de maio, no Parque Tecnológico de Óbidos, organizado pela Óbidos.com.
Leonardo Lino e Pedro Esteves, da “startup” Porter, fizeram várias apresentações sobre o que é a “Blockchain”, as suas aplicações e a forma como as criptomoedas podem ser transacionadas, com exemplos práticos.
Há peritos que defendem que a “Blockchain” poderá ter um impacto mais profundo na economia do que a própria Internet, mas o processo de adoção desta nova tecnologia será gradual.
Carlos Martinho, presidente da Óbidos.com, salientou que esta é uma temática que faz todo o sentido aprofundar, no âmbito do projeto “Turismo Criativo e Sustentável – O Futuro do Oeste”, que está a ser dinamizado por esta associação empresarial do Oeste.
Miguel Silvestre, diretor do Parque Tecnológico de Óbidos, falou sobre a criação de ligações entre empresas e digitalização da Economia. “Queremos fazer de Óbidos uma referência internacional na questão do ‘big data’ aplicado ao Turismo. Temos caraterísticas únicas, nomeadamente, por ser uma vila pequena, mas que atrai milhares de pessoas”, explicou. Toda a informação gerada por esse fluxo de pessoas pode ser utilizado como um importante auxiliar de gestão.
Miguel Silvestre deu o exemplo do Portal de Informação Turístico da operadora Nos que, através dos dados do roaming, permite o acesso a informação relevante sobre a presença de turistas estrangeiros em Portugal. No portal é possível encontrar informação sobre a atividade turística a nível nacional e concelho a concelho.
É de salientar que todas as transformações tecnológicas dos últimos anos têm contribuído para que seja cada vez mais fácil a um turista procurar um destino, fazer reservas e efetuar o pagamento desse serviço. Depois disso, há também formas de perceber se as expetativas foram correspondidas e o que correu bem ou mal, através dos sistemas de classificações online existentes.
Segundo Miguel Silvestre, no Parque Tecnológico de Óbidos existem várias empresas que estão a trabalhar nestas áreas, com abordagens diferentes das habituais no mercado.