Dois terços da rede de rega entram em funcionamento em 2019

António Costa e Capoulas Santos visitam obras da rede de rega

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O primeiro-ministro, António Costa, e o ministro da Agricultura, Capoulas Santos, estiveram, na passada sexta-feira, 9 de Novembro, na Barragem do Arnóia, para uma visita às obras da rede de rega e da estação elevatória e para a assinatura, no Bombarral, da consignação da obra do bloco da Amoreira, a última fase de construção da rede de rega de Óbidos, num investimento de 23 milhões de euros e que vai disponibilizar água aos agricultores dos concelhos de Óbidos e do Bombarral.

“Este investimento tem um extraordinário efeito multiplicador”, afirmou o primeiro-ministro, aludindo ao impacto da obra, que vai permitir ‘quadruplicar’ as culturas frutícolas e hortícolas da região. O Oeste, “que já é das melhores regiões agrícolas do País” e das que “mais contribui para a riqueza nacional e para a exportação agrícola”, com a rede de rega, irá “produzir ainda mais, gerando mais riqueza, mais postos de trabalho e exportando ainda mais”, disse durante a cerimónia de consignação do bloco da Amoreira, um investimento de 4,2 milhões, que irá servir 360 agricultores de Óbidos e do Bombarral.

Estas obras, que têm um prazo de execução de 15 meses e estarão prontas nos primeiros meses de 2020, consistem na instalação de uma rede de condutas com uma extensão de 20 quilómetros para distribuir água para a rega de cerca de 750 parcelas.

“No próximo ano, dois terços do perímetro de regra estarão em funcionamento e o restante em 2020”, afirmou o ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos, referindo-se à totalidade do projeto de regadio, que integra ainda o bloco de Óbidos, uma estação elevatória e a barragem do Rio Arnoia.

A estação elevatória, orçada em 2,8 milhões de euros, está em fase de conclusão para ser ligada às condutas dos dois blocos de rega. O bloco de rega de Óbidos, com uma extensão de 28,7 quilómetros, uma obra de 7,5 milhões de euros, deveria estar concluído no início de 2019, ao fim de 21 meses de empreitada, mas será antecipado em um mês.

Do projeto faz ainda parte a barragem do Arnóia, um investimento superior a oito milhões de euros, concluída desde 2005, mas sem aproveitamento agrícola por não estar concluída a ligação às condutas que permitirão regar os campos de Óbidos e do Bombarral.

A rede de regadio das baixas de Óbidos representa um investimento total de 23 milhões de euros, em parte comparticipados por fundos comunitários.

O projeto vai servir cerca de 900 agricultores e vai disponibilizar água a 1200 hectares de terrenos agrícolas das freguesias da Amoreira e do Olho Marinho, concelho de Óbidos, e do Pó e da Roliça, no concelho do Bombarral.