A turca Pemra Ozgen conquistou, no passado dia 12 de Maio, o seu segundo título na série de torneios Óbidos Ladies Open, neste caso o terceiro evento de 2019, juntando ao que somara no final do ano passado.
A jogadora de 32, 252:ª classificada no ranking mundial, que nunca esteve no top-200, cometeu a proeza de superar a bem mais consagrada Urszula Radwanska, uma polaca de 28 anos, antiga 29.ª do ranking mundial e atual 301.ª, que chegou a ser n.º1 e campeã de Wimbledon no escalão de sub-18.
Numa final entre duas jogadoras que apreciam a relva sintética da Academia de Ténis do Bom Sucesso Resort, foi determinante o facto de Radwanska ter surgido esgotada pelas cinco horas que precisou na véspera para disputar os quartos de final e as meias-finais no mesmo dia.
A polaca lutou muito, como é o seu timbre, chegou a ter um “set-point” na primeira partida, mas acabou por desistir quando já perdia por 7-5 e 3-0, ao cabo de uma hora e 38 minutos, até porque, entretanto, o desgaste muscular levou-a a contrair uma lesão no músculo adutor esquerdo.
«Foi muito difícil, não recuperei de ontem, mas vou tentar tudo por tudo para estar em condições de jogar na próxima semana mais um torneio aqui», disse “Ula” Radwanska, a irmã mais nova da famosa “Aga” que chegou a ser n.º2 mundial.
Este foi o terceiro confronto entre ambas e Pemra Ozgen desempatou agora o “mano-a-mano” para o seu lado. «Notei que ela estava cansada desde o início mas no primeiro set não senti que estivesse lesionada. Depois no segundo set, sim, foi mais evidente», disse a simpática turca, que possui uma linda esquerda a uma mão, capaz de variá-la em slice, chapada ou em top-spin.
Foi o 16.º título de Pemra Ozgen em torneios do calendário da Federação Internacional de Ténis (ITF) e o seu quarto em eventos de 25 mil euros em prémios monetários, pouco mais de 23 mil euros.
No Bom Sucesso Resort foi a sua terceira final e o segundo título num ano. «O mais curioso é que da primeira vez que vim cá não gostei nada de relva sintética. Nunca tinha jogado neste piso. Mas agora adaptei-me e vejo que posso jogar muito bem aqui, embora não saiba bem porquê, pois não jogo em relva sintética em mais torneio nenhum», avaliou.
No torneio de pares, a final foi ganha pela britânica Emily Webley Smith e pela georgiana Sofia Shapatava, as segundas cabeças de série, que arrasaram a italiana Martina Colmegna e a colombiana Maria Fernandez Gonzalez por 6-3 e 6-0, em 50 minutos.
Colmegna e Gonzalez jogaram pela primeira vez juntas neste torneio e esse facto foi determinante diante de uma dupla que em três Óbidos Ladies Open em 2019 ganharam os dois últimos e foram à final do primeiro.