Obras da “Casa dos Seixos”, na Amoreira, deverão arrancar em Junho

Aprovada proposta de lançamento do concurso público

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Foram aprovados, no início deste mês de Fevereiro, o projecto de execução e a proposta de lançamento do concurso público para adjudicação da obra de reabilitação da Casa dos Seixos, na Amoreira. “Este é um passo essencial para o arranque dos trabalhos”, afirma Humberto Marques, explicando que “o assunto irá à próxima reunião da Assembleia Municipal de Óbidos, sendo que a expectativa é consignar a obra ainda no decorrer do próximo mês de Junho”. O prazo de execução dos trabalhos é de 12 meses, estando orçados em cerca de 350 mil euros, com financiamento do Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbanas (IFFRU).

O presidente da Câmara Municipal de Óbidos justifica a importância desta obra, “não só com a requalificação do património edificado, mas também com a dinamização de espaços colaborativos potenciadores do nosso património imaterial – as pessoas – sob o objectivo de, a partir da nossa identidade, exponenciar novos produtos, mais empreendedores e mais empregos”. “As nossas pessoas são o ‘hardware’ para o crescimento económico”, explica Humberto Marques, afirmando que esta é “uma resposta local à Economia Global, através da valorização dos recursos endógenos do nosso território”.

A reabilitação da “Casa dos Seixos”, localizada no centro da localidade da Amoreira, tem como objectivo dotar aquele espaço de serviços para aquela freguesia do concelho de Óbidos. Segundo a memória descritiva da obra, a intervenção que se pretende realizar baseia-se “nos princípios da intervenção mínima, da compatibilidade e da reversibilidade como meio de respeitar, preservar e recuperar os valores estéticos, históricos, arquitectónicos e urbanísticos inerentes aos edifícios de valor patrimonial”. Ou seja, “a decisão foi a de afastar opções arquitectónicas de ruptura”, optando-se “pela reabilitação do existente e pela reconstrução dos elementos irrecuperáveis ou em falta”.

Ainda segundo o mesmo documento, “o projecto elaborado teve em atenção o pleno respeito pela história, pelas características do edificado e pelos seus sistemas construtivos, procurando soluções minimamente invasivas que, no entanto, garantam o cumprimento da legislação em vigor, nomeadamente no que se refere à segurança e conforto adequados ao tipo de utilização previsto”.

“Pretende-se também que o tipo de intervenção a realizar possa constituir um exemplo de boas práticas e uma forma de contributo para promover saberes ligados à construção tradicional que estão seriamente em risco de se perderem”, refere a memória descritiva.

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