Empresa obidense compra 100 mil máscaras e lucros da venda revertem para ajuda solidária

Barros & Moreira avança com campanha

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A empresa obidense Barros & Moreira, através da CTESI, marca 100 por cento portuguesa, ciente da inflação que os preços de alguns equipamentos de proteção individual têm tido nos últimos tempos, devido à pandemia de COVID-19, resolveu avançar para uma campanha de venda de máscaras a um preço justo e sem lucro para a própria companhia. A empresa comprou 100 mil máscaras na China, as quais irá vender por um valor justo, sendo que o lucro reverterá para os Bombeiros Voluntários de Óbidos e para o Centro de Educação Especial Rainha D. Leonor.

Carlos Barros, CEO deste grupo empresarial, explicou que, “como o mercado está a ter um aproveitamento desta situação da COVID-19, há cerca de três semanas iniciei contactos na China, para saber os preços praticados e, de facto, na venda ao consumidor final há uma grande diferença”. Para tentar colmatar esta situação, “e numa lógica do compromisso social da empresa”, diz o responsável, “avançou-se para esta operação sem quaisquer fins lucrativos”.

Cada máscara teve um custo inicial de cerca de 37 cêntimos e será vendida a 80 cêntimos. “Todo o lucro da venda será para entregar uma viatura com plataforma elevatória para os Bombeiros Voluntários de Óbidos, no valor de 15 mil euros, e também para 4 cadeiras de rodas elétricas, para o Centro de Educação Especial Rainha D. Leonor, que é nosso parceiro, no valor de 10 mil euros”, explicou Carlos Barros.

Também a Câmara Municipal de Óbidos se vai associar a esta iniciativa. A empresa vai oferecer 10 mil máscaras ao Município, o que para o presidente da Câmara Municipal de Óbidos “é uma grande ajuda para que se possa, o quanto antes, e com os devidos cuidados, voltar à normalidade possível”. Humberto Marques agradece a atitude “desta grande empresa do concelho”, principalmente “numa ocasião em que todos precisamos de todos e temos que nos ajudar mutuamente”.

O carregamento das 100 mil máscaras deverá chegar a Portugal nos próximos dias. “Há muita burocracia a tratar e há muitos contentores a vir diretamente da China e, por isso, pode haver aqui alguns atrasos, mas estamos a contar, no final deste mês de Abril, começar a vender as máscaras”, revela Carlos Barros, acrescentando que a empresa Torrestir vai ser parceira desta campanha, “não havendo, portanto, custos na entrega destas máscaras, a quem as comprar, a nível nacional”, sendo que o mínimo da encomenda são 100 unidades. As reservas podem ser feitas para o email campanhasolidaria@ctesi.pt, até dia 30 de Abril.