Exatos nove meses depois do Congresso “O Futuro da Nossa Cidade”, a Rede Cultura apresenta a proposta de candidatura do território a Capital Europeia da Cultura. A sessão oficial, que vai dar a conhecer os rostos, as vozes e os caminhos rumo a 2027, vai decorrer no Castelo de Leiria, às 17h30, do dia 30 de julho.
Novamente em contexto de sérias restrições impostas pela pandemia, os 26 municípios que candidatam Leiria a Capital Europeia da Cultura vão ser representados por um elemento de cada concelho e a cerimónia pode ser acompanhada via streaming, nas redes sociais da Rede Cultura 2027: www.facebook.com/Redecultura2027 / Instagram: rede_cultura_2027
A apresentação oficial da candidatura entra na fase em que as cidades candidatas serão pré-selecionadas, antecedendo a seleção final, aproximadamente dentro de um ano. Daí, até 2027, serão apenas pouco mais de 4 anos para edificar o projeto vencedor, já como Capital Europeia da Cultura 2027 designada, a par de uma homóloga letã.
“Elaborar um programa artístico e cultural para (com) um território de uma enorme diversidade é desafio sem precedentes. Todas as Capitais Europeias da Cultura, até hoje, se defrontaram com territórios homogéneos e talvez por isso raramente tenham conseguido evitar uma espécie de padronização, uma tendência para o isomorfismo – todas diferentes, mas todas iguais. O caminho que nos propomos é o inverso. Não é, evidentemente, o caminho mais fácil”, disse o presidente do Conselho Estratégico, João Serra, no encerramento do Congresso.
A 22 de maio de 2015, Leiria foi a primeira cidade portuguesa a dizer algo muito simples: “cremos, queremos e merecemos ser a próxima cidade portuguesa Capital Europeia da Cultura. Mas não cremos, não queremos e não merecemos estar sozinhos”. Por isso mesmo, a estrutura que acompanha este processo chama-se Rede Cultura 2027, tendo Leiria como ponto de partida, convoca 25 outros concelhos (quase 10% dos concelhos de Portugal Continental, totalizando mais de 805 mil habitantes e quase 6.000 km2 de extensão) como parte inteira deste território vasto (atravessa 3 Comunidades Intermunicipais: Leiria, Oeste e Médio-Tejo), diverso e, porém, naturalmente coerente, porque portador de um sentido comum.
O sentido de, mais do que uma candidatura, é ser uma Rede Cultura que vai de Sobral do Monte Agraço, às portas de Lisboa, a 178 km a norte, até Castanheira de Pera, já na fronteira com Coimbra, unindo ainda o litoral popular da Nazaré à história aristocrata do Cadaval, geminando as Torres Novas com as Vedras, convocando duas Cátedras Unesco (Gestão das Artes e da Cultura, Cidades e Criatividade no Instituto Politécnico de Leiria e Humanidades e Gestão Cultural Integrada do Território, no Instituto Politécnico de Tomar), três cidades criativas da Unesco (Caldas da Rainha no Artesanato e Artes Populares, Leiria na Música e Óbidos na Literatura) e três dos mais simbólicos e preciosos Lugares Património Mundial portugueses (Alcobaça, Batalha e Tomar).
A Rede Cultura 2027 tem Leiria como ponto de partida, mas agrega 25 outros concelhos que tecem uma malha diversificada e que totaliza quase 6.000 km2 de extensão e distância superior a 170 km entre os seus extremos.