A Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste criou o Curso Executivo sobre Turismo Literário, que vai ter início no dia 23 de novembro. A apresentação da nova formação online, com 60 horas de duração, coube ao diretor do estabelecimento de ensino, ao presidente e a duas técnicas do Turismo de Portugal, e contou com a presença da secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, que destacou a importância de chegar a novos públicos. A cerimónia decorreu dia 22 de Outubro durante o FOLIO – Festival Literário Internacional de Óbidos.
“Temos de capacitar as pessoas, quem já trabalha, mas também quem quer trabalhar. Estes programas visam chegar a novos públicos e a quem tem uma paixão pela literatura e pode contribuir para um melhor turismo”, afirmou a secretária de Estado. Nesse sentido, destacou ainda a importância das escolas na preparação de quem acolhe, de quem gere e de quem imprime a primeira impressão, que considerou dever ser “marcante”.
Rita Marques referiu que, há pouco tempo, foi desenvolvido um estudo para avaliar a perceção dos mercados emissores sobre Portugal e constatou-se que é visto como um País autêntico, genuíno, surpreendente, inovador e moderno. “O turismo literário é capaz disso mesmo, convidando outros a trilhar outras rotas. Queremos um turismo com mais valor, orgulharmo-nos da nossa autenticidade, mas dar um refrescamento, com novas histórias, tendo a preocupação com a revisita, inovando.”
O Curso Executivo sobre Turismo Literário vai abrir 20 vagas. No entanto, o presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, brincou com o diretor da Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste, Daniel Pinto, propondo que começassem com 40, fasquia que a secretária de Estado elevou. “Espero que possamos ter não 40, mas 60 pessoas. As melhores 60 pessoas. Bem precisamos de bons contadores de histórias para fazer de Portugal um excelente destino turístico”, justificou.
Filipe Daniel, presidente da Câmara Municipal de Óbidos, considerou que “o curso encaixa que nem uma luva na estratégia da vila literária, reconhecida pela Unesco” e comprometeu-se a dinamizá-la ainda mais. “Estamos empenhados na construção de um futuro mais brilhante para Óbidos”, sublinhou. Para tal, contribuiu ainda Telmo Faria, ex-presidente do Município, e José Pinho, editor da Ler Devagar, que participaram na criação do curso.
Responsável pela área da formação do Turismo de Portugal, Ana Paula Pais, explicou que o curso pretende reforçar as competências das pessoas ligadas à área. “Temos a matéria-prima e o storytelling para transformá-lo numa oportunidade de negócio. Há muitas coisas para conhecer”, afirmou. A intenção é, assim, capacitar as pessoas e as empresas que já têm o seu próprio património, mas também agentes de promoção turística e promotores de vendas.
Ana Paula Pais esclareceu, contudo, que quem já tem conhecimentos específicos em determinadas áreas não é obrigado a fazer esses módulos, para poupar tempo às pessoas. São eles: Do enquadramento ao turismo literário (3 horas), Literatura portuguesa (6 horas), Oferta turística literária (9 horas), Literatura de viagens (9 horas), Turismo literário e cinematográfico (6 horas), Storytelling em turismo literário (9 horas), Marketing em turismo literário (12 horas) e Produção, gestão e comunicação (6 horas).
“Acreditamos que estamos no caminho certo. Queremos encontrar novos turistas e desenvolver novos produtos que possam ser de valor acrescentado”, afirmou Daniel Pinto, que aproveitou para divulgar dois livros publicados pela escola, o último dos quais Pão de Autor. Técnica do Turismo de Portugal, Lídia Monteiro, desafiou o diretor da Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste a editar um terceiro, desta vez sobre ementas literárias dos escritores portugueses que gostavam de comer bem e beber bem, desafio que foi aceite.
Informações em obidos.pt e foliofestival.com.