Reuniu no dia 11 de abril de 2022, no Museu de Leiria, no seu 12.º encontro, o Conselho Geral da Rede Cultura 2027.
O Júri a quem coube a decisão de escolher as cidades finalistas para o título de Capital Europeia da Cultura deixou de fora a candidatura de Leiria, e por consequência da Rede Cultura 2027. Ficou, pois, por cumprir o primeiro objetivo a que nos propusemos. Contudo, e ainda antes de receber o relatório de justificação por parte dos jurados, iniciamos com os diferentes órgãos e equipas uma avaliação de todo o processo da REDE, de que se verifica:
1. O extraordinário enriquecimento que equipas e instituições reconhecem ter tido pelo seu envolvimento nos projetos que a RC2027 promoveu e implementou no território;
2. A surpreendente capacidade que a RC2027 demonstrou em construir pontes de coesão territorial e cultural num compósito de comunidades e atores muito distintos, dispersos e distantes;
3. Os resultados já visíveis e testados da REDE, por ter aliado linhas de reflexão e pensamento com programas concretos no terreno;
4. A visível concretização de projetos que ligaram os meios mais urbanos com os meios mais rurais, as gerações mais novas com as mais idosas, e linguagens mais contemporâneas com as práticas mais tradicionais;
5. A RC2027 colocou a prioridade efetivamente nas pessoas, na transformação social pela cultura, nas equipas e nos processos que colocam os resultados em objetivos sustentáveis de médio e longo prazo, em detrimento de fórmulas imediatas de sucesso mas que não operam verdadeira transformação;
6. Mesmo com pouco tempo, numa pandemia, e com a ausência de uma entidade de gestão autónoma, foram muitos os projetos que aconteceram em todo o território ao longo de 3 anos. Das publicações impressas aos webinares, de participantes locais e regionais aos nomes nacionais e internacionais mais relevantes em distintas áreas, do património imaterial aos projetos com as populações escolares, de ações de pequena escala local até uma grande exposição e um congresso realizados a 26 municípios. Este território não ficou igual e ganhou novas competências e dinâmicas, internas, mas muito especialmente, multilaterais com uma comunidade mais vasta.
Tendo em conta esta avaliação, tomou este conselho por unanimidade as seguintes decisões:
• A REDE CULTURA (que deixará de usar a designação 2027) vai continuar, tal como previsto desde a sua constituição. Agora libertos da agenda do título, bem como das condicionantes a que por ele estávamos obrigados, iremos redefinir objetivos e modelo de governança;
• A fim de aprofundar o estudo sobre os novos modelos de Governança e Gestão a seguir, que deverão permitir o início do novo exercício em Janeiro de 2023, deste Conselho Geral foi nomeado um Grupo de Trabalho que integra os municípios de Leiria, Alcobaça, Torres Vedras, Pombal, Ourém e Torres Novas.
Temos por tudo isto a firme convicção da importância do projeto REDE CULTURA e, juntos, assumimos com determinação a vontade de lhe dar continuidade atualizando e redefinindo os seus objetivos e horizontes. Acreditamos ser a Cultura a nossa melhor casa de futuro e crescimento comum.