Risco é o tema da próxima edição do FOLIO

FOLIO – Festival Literário Internacional de Óbidos

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A próxima edição do FOLIO – Festival Literário Internacional de Óbidos terá como tema “Risco” e decorrerá entre os dias 12 e 22 de Outubro, anunciou o presidente da Câmara Municipal de Óbidos, Filipe Daniel, durante a sessão de encerramento. O evento, em 2022, foi visitado por mais de 60 mil pessoas.

“Ocorre-me dizer as palavras: orgulho e muito obrigado”, disse Filipe Daniel. “Orgulho por poder liderar estas equipas, que dão o melhor de si, para podermos superar-nos ano após ano. Em 2021 foi muito bom e em 2022 conseguimos fazer ainda melhor”, sublinhou o autarca. “Não podemos ficar mais felizes com o balanço, pois tivemos mais de 60 mil visitantes em 11 dias apenas para o FOLIO.”

O presidente do Município recordou ainda que o festival literário contou com a presença de ministros, de secretários de Estado, de autarcas de todo o País e de individualidades nacionais e internacionais, o que considera ser revelador da importância do FOLIO. “Tivemos salas completamente cheias e também tivemos de mudar algumas sessões para salas maiores e fizemos o lançamento de 62 livros”, sublinhou.

Filipe Daniel deixou igualmente palavras de reconhecimento a todos os que se dedicaram à organização e produção do FOLIO, que não se limitou a apenas 11 dias, e que contribuiu para destacar Óbidos como um território criativo e de excelência. Agradeceu a todos os colaboradores do município, curadores, autores, ilustradores, artistas e a quem se deslocou a Óbidos, por “impulsionar” a organização a fazer “mais e melhor”. José Pinho, mentor do FOLIO, Francisco Madelino, presidente da Fundação INATEL, e Ricardo Duque, da empresa municipal Óbidos Criativa, mereceram um especial destaque.

“Segundo muitas opiniões, esta edição terá sido uma espécie de ano de consagração”, disse José Pinho. “De ano para ano, as coisas têm vindo a melhorar e também assistimos a uma participação maior do público. Mesmo tendo havido na grelha horária três, quatro ou cinco sessões simultâneas, houve sempre adesão”, assegurou. “Nunca tivemos atividades a mais, tínhamos era público a menos do que as atividades comportavam.”

O curador do FOLIO Mais e administrador executivo da Livraria Ler Devagar referiu apenas o caso de uma mesa, onde estiveram menos de 20 pessoas. “Em termos de vendas, também houve um aumento em relação aos anos anteriores. Foi o melhor FOLIO que fizemos até hoje e espero que, para o ano, seja ainda melhor”, observou.

“Para a Fundação INATEL, temos a consciência de que foi mesmo o festival da consagração”, confirmou Francisco Madelino. “Os espetáculos de artistas emergentes que ligam a palavra à música também têm estado cheios. Este é um dos grandes eventos em que a Fundação Inatel participa”, informou. “Não há festivais destes com este impacto se não tiverem alma e a magia da palavra é muito influenciada pela magia da vila.”

Vereadora da Cultura, Margarida Reis disse ter consciência de que havia “muitos olhos” sobre o novo executivo, para ver se iria corresponder ao que foi feito em anos anteriores, mas acredita ter conseguido, com a colaboração “inexcedível” de todos. Destacou ainda o facto de se ter “olhado mais” para a Educação, ao trazer as escolas até ao FOLIO e ao levar sessões do festival literário aos estabelecimentos de ensino do concelho, de se ter dedicado um dia à Inclusão, envolvido o Parque Tecnológico e promovido seminários, onde se juntaram pessoas de todo o País. “O FOLIO também pode ter esta vertente de formação, de partilha da cultura e do conhecimento”, concluiu.