O secretário de Estado do Ambiente, Paulo Lemos, congratula-se com a aproximação que os Municípios de Óbidos e Caldas da Rainha estão a fazer para a resolução dos problemas de assoreamento da Lagoa de Óbidos. Numa visita realizada na passada sexta-feira, 30 de agosto, à Lagoa de Óbidos, o governante destacou o facto “que as autarquias estejam, finalmente, a falar uma com a outra e isso é importantíssimo, o que prova que não há problemas que não possam ser resolvidos.”
A visita juntou os presidentes das Câmaras Municipais de Óbidos e Caldas da Rainha, Telmo Faria e Tinta Ferreira, o vice-presidente do Município de Óbidos, Humberto Marques, o secretário de Estado do Ambiente e o presidente da Agência Portuguesa de Ambiente, Nuno Lacasta, assim como responsáveis políticos de ambos os concelhos e pescadores e mariscadores.
Telmo Faria destacou “a necessidade das autarquias das Caldas e de Óbidos trabalharem de forma mais próxima. O atual presidente da Câmara das Caldas tem manifestado uma vontade que eu só tenho a elogiar. Destaco também o trabalho que o vice-presidente de Óbidos, Humberto Marques, tem estado a fazer. Não podemos também ignorar o facto de ambos serem candidatos a presidentes nas próximas eleições autárquicas, o que deixa antever um cenário de uma maior harmonia na identificação de soluções conjuntas e de resolução dos problemas quer das Caldas, quer de Óbidos.”
Paulo Lemos afirmou que “o essencial que estamos aqui a ver é, por um lado, a deposição dos dragados que vão resultar das dragagens que vamos fazer nas cabeças da Lagoa e, por outro lado, a questão do próprio projeto de execução da primeira fase das dragagens que tem a ver com construção ou não de um muro guia do lado sul”. “Ouvi os autarcas e agora temos de ouvir os técnicos que elaboraram o projeto para avaliar e dar-lhes a conhecer as objeções ou as dúvidas que os autarcas têm, no sentido de ver se ainda nesta fase é possível termos em conta essas questões.”
Uma das questões essenciais, para além da oposição à construção do muro guia, passa pela divisão, de forma equitativa, dos dragados que vão resultar das intervenções que vão acontecer em breve. “Uma matéria que tinha vindo a ser trabalhada era de consensualizarmos os locais para a deposição dos dragados das futuras dragagens. Há aqui um consenso de dividir a meio essa quantidade quando se fizerem as dragagens na parte superior da Lagoa de Óbidos, junto às fozes dos rios Arnóia e Real e, nomeadamente, no Braço da Barrosa, onde nunca nos pareceu justo que Óbidos ficasse com a totalidade dos dragados”, sublinha Telmo Faria.
Nesta visita foi ainda debatida a aquisição, por ambos os municípios, de uma draga que faça dragagens de manutenção, depois das grandes dragagens previstas para breve. Paulo Lemos afirma que “o que os autarcas estão, neste momento, a propor é manter uma draga que faça algum tipo de manutenção e que evite ou, pelo menos, faça atrasar as dragagens permanentes mais pesadas. E isso tem de ser avaliado quer pelos próprios autarcas, quer pelos técnicos, no sentido de verificar se é possível esse tipo de dragagem de manutenção que, no meu ponto de vista, é recomendável. Agora temos de estudar a forma técnica de fazer isso”, conclui o secretário de Estado do Ambiente.